sexta-feira, 30 de junho de 2017

Traduzido em 30.06.17

A lista seguinte pode ser tomada como a seleção que eu deveria fazer para meu próprio uso, se eu estivesse limitado a um número definido de drogas. Aconitum, Ammonium Carbonicum, Apocynum, Arnica, Arsenicum Album, Arsenicum Iodatum, Aurum, Baryta Carbonica, Baryta Muriatica, Belladona, Bryonia, Cactus, Calcarea Carbonica, Camphora, Carbo Animalis, Carbo Vegetabilis, Causticum, Cimicifuga, Coffea, Crocus, Crotalus, Digitalis, Gelsemium, Glonoin, Iberis, Ignatia, Iodium, Kali Carbonicum, Kali Iodatum, Kali Muriaticum, Kalmia Latifolia, Lachesis, Lilium Tigrinum, Lithium Carbonicum, Lycopodium, Lycopus Virginicum, Mercurius, Moschus, Naja, Natrum Muriaticum, Nux Vomica, Phosphorus, Plumbum, Psorinum, Pulsatilla, Rhus Toxicodendrum, Spongia, Sulphur, Tabacum, Thyroidin, Vanadium, Veratrum Album, Veratrum Viride. A estes devem ser adicionados três que têm sido largamente utilizados ultimamente na prática de velha escola, Adonis Vernalis, Convallaria Majalis ( a Lily do Vale ), e Strophantus.

Eu vou agora resumir brevemente as principais indicações para o uso de cada. Sintomas tomados diretamente da Matéria Médica estão em vírgulas invertidas.

Aconitum

Aconitum é adequado a todas as afecções inflamatórias do coração ( especialmente aquelas acompanhando febre reumática ), em hipertrofia do coração, desmaios, palpitação e angina pectoris. Em todos os distúrbios do coração causados por mêdo, ou susto, ou raiva, Aconitum é o primeiro remédio a ser pensado. Com o coração de Aconitum há ansiedade e palidez; desmaios ao sentar-se na cama. Nos casos em que a febre está presente, há intenso desassossego e tensão mental; em outros casos há frialdade e colapso. Em todos os casos em que o característico medo da morte está presente, e especialmente quando o paciente é clarividente e prevê a hora da própria morte, Aconitum fará tudo que é requerido.

O pulso de Aconitum é um tanto duro, forte e contraído, ou se não, é fraco.

Há dores que atravessam e que espetam no peito; grande opressão para respirar; sensação de angústia no peito; dores intensas em todas as direções, especialmente abaixo pelo braço esquerdo, com dormência e formigamento.

“Formigamento dos dedos da mão esquerda como se estivessem indo dormir, com ansiedade” é muito característico de afecções de coração de Aconitum. Há alívio em deitar sobre as costas com os ombros erguidos. Adequado a indivíduos pletóricos.

Ammonium Carbonicum

Uma característica principal desta droga é sonolência, com borbulhar de grandes bolhas nos pulmões, coloração púrpura nos lábios por imperfeita oxigenação. Dilatação do coração; Peso esmagador no esterno quando tenta vencer uma subida ( como Aurum, mas este último não tem a sonolência ); intensa intolerência a ambientes quentes; tosse com catarro sanguinolento; palpitação com dispneia e retração do epigastrium; cianose. Ammonium Carbonicum é um remédio venoso e corresponde mais ao lado direito do coração do que ao esquerdo.


Apocynum Cannabinum


Esta droga foi chamada de “o dreno vegetal” por conta de sua poderosa ação de remover edemas por diurese. A melhor apresentação de Apocynum Cannabinum é encontrada no “Homeopathic Recorder” de Novembro de 1892, em uma aula do DR. S. A. Jones.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Continuando capítulo 10, remédios em 28.06.17

Quando o princípio animador é ferido de alguma maneira, a nutrição não acontece de forma adequada. Os elementos microscópicos dos tecidos não conseguem realizar suas transformações, e o órgão todo ou o corpo inteiro é enfraquecido. A menos que algum novo agente seja trazido para apoiar o organismo em sofrimento, a tendência é que a ação da doença progrida de mal para pior. É aqui que a medicação específica de Hahnemann entra, e neutralizando a mudança dinâmica no princípio vital, traz de volta a nutrição adequada. Então a sensação de bem-estar e de força volta. A quantidade de reparação depende em cada caso, do grau a que chegou a mudança degenerativa no primeiro exemplo. Onde os elementos do tecido foram destruídos, estes não podem ser restaurados; mas ninguém sabe dizer, em cada caso, quantos elementos de tecido não desenvolvido podem jazer adormecidos em um órgão danificado, prontos para ser chamados à vida por medidas medicamentosas adequadas, de modo que é sempre o caminho certo a percorrer para mirar na cura.

A mesma explicação se aplica no caso da cura de tumores. O princípio vital, através de alguma mudança em sua operação, produz, em vez de tecidos normais, tecidos mais baixamente organizados, com uma história de vida diferente da história dos tecidos de que se lançam. As mudanças nutricionais são diferentes daquelas que ocorrem nos tecidos em volta, e o aparecimento de novos crescimentos ou tumores é o resultado.

Mas o agente que produz tumores pode também removê-los, se os remédios adequados e específicos são administrados, de modo que a ação pervertida será revertida.

Muitas das disputas que têm acontecido em torno do método correto de selecionar medicações específicas teriam sido evitadas, se apenas os polemistas tivessem percebido que ajustando as visões, focos diferentes podem ser utilizados. Um homeopata, por exemplo, usará um ajuste fino, fazendo profunda observação dos sintomas do paciente em grande detalhamento e encontrará um simillimum para cobrir a imagem.  Outro, trabalhando com menor energia, tomará uma visão mais geral do caso, escolhendo uma droga que ele acha que corresponde a este. Ambos os métodos têm dado admiráveis resultados, e ambos têm seu lugar na homeopatia; e não é absolutamente minha intenção dogmatizar sobre qual é o melhor plano. Tive sucesso com cada um destes onde o outro me falhou.

Tem sido muito verdadeiramente dito que qualquer remédio pode ser requerido em qualquer doença, e o caso que registrei, em que Crocus teve um papel tão brilhante, é uma ilustração perfeita deste ponto. Então, se me perguntam “que remédios são bons em casos de doença do coração”, eu tenho que responder, “Todos os remédios na Matéria Médica”.


Ao mesmo tempo, é um trabalho muito útil identificar aqueles remédios que têm uma ação tão característica sobre o coração que reproduzem as indicações da maioria dos casos encontrados, e é isso que proponho fazer agora. É preciso ter em mente, entretanto, que para a prática bem sucedida é preciso levar em consideração o todo dos sintomas de um paciente, mais especificamente os sintomas mentais e morais característicos, ao selecionar um remédio, e a menos que a correspondência seja boa no todo, só um resultado parcial poderá ser perseguido.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Retomando Doenças do Coração

Colegas Logo normalizará meu whatsapp! Abraços! Capítulo 10.

Remédios. Eu agora venho para os últimos e mais importantes meios que temos para enfrentar doenças do coração, ou doenças de qualquer tipo – quero dizer os poderes dos remédios. A crença popular no poder das drogas para curar gente doente é inerradicável; e todos os esforços de uma cética Faculdade de Medicina para provar que as drogas não podem “curar”, e que tudo que a Faculdade pode fazer é “tratar” pacientes, não tem tido outro efeito senão o de levar a mente desperta a procurar por aqueles que têm algo mais encorajador para oferecer. A crença popular está bem fundamentada: o ceticismo da Faculdade é o resultado de uma educação unilateral que tem tido o efeito de fechar sua visão mental para todas as possibilidades que não são sonhadas na filosofia das escolas. Que as drogas curam tem sido provado de novo e de novo por milhões de experiências, algumas acidentais, algumas sob o comando da ciência. O ponto a ser lembrado é que drogas não curam doenças, mas pacientes. Às vezes me perguntam se “há alguma cura para o câncer”; Ao que respondo “não há droga que cure o câncer de todos os doentes; mas muitos casos têm sido curados por uma ou mais drogas”. Cada paciente deve ser tratado de acordo com as características de seu caso particular, e é exatamente aqui que a ciência e a arte da medicina entram. A razão pela qual quase todas as “curas” que são introduzidas na prática da velha escola desaparecem do arsenal da velha escola depois de uma carreira muito breve, não é porque estas não têm valor curativo, mas porque aqueles que as introduzem encaram-nas como “específicas” para certas “doenças” e não têm ideia de definir as indicações precisas para seu uso. Por algum feliz acaso a primeira série de pacientes em que eles tentam a droga apresentam as indicações próprias para seu uso – seus casos estão em relação homeopática com a droga, para resumir, - e eles são curados. O alopata não sabe nada a este respeito e procede a dar a droga para um número de outros pacientes que têm a “doença” chamada pelo mesmo nome que aquela que os primeiros pacientes tinham, mas sem apresentar as mesmas características indicações, e a droga falha em fazer bem. Então é posta de lado como não confiável e inútil até que algum disposto homeopata a recolhe e a “prova”, identificando seus sintomas característicos, deste modo. Assim a droga toma seu lugar na Matéria Médica homeopática como valioso e acreditado implemento da arte e da ciência da cura. O que é ação curativa sobre a doença, de acordo com a concepção hahnemanniana ( e eu ainda não achei uma melhor, ), é uma mudança dinâmica ou como-espiritual, no princípio vital do organismo ou de algum particular órgão ou tecido.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Arquivo de emergencia

Rx Sulph. 200, duas doses na primeira semana; Calc. 200, duas doses na segunda semana; Lyc. 200, duas doses na terceira semana. Dia 9 de Dezembro de 1901. A cabeça está melhor, intestinos melhores, menos confinados, não mais requerem o Ulm. Fulv. em gotas. Apetite médio. Dor um tanto menos. Seio melhor, com muito pouca dor neste; Quando a dor está presente é uma sensação de machucado, de hematoma, na direção da axila. Cantos da boca ainda doloridos. É muito nervosa; salta com todo bater à porta. Sente muito o frio; pega uma sensação fria na parte inferior das costas. Tem agora um novo sintoma de sensação de algum inseto rastejando em seu ouvido. Acorda de noite, com isto, e tenta removê-lo. Repetir. Dia 20 de Janeiro de 1902 – Rastejar no ouvido melhor. Cabeça melhor. Menos sobressaltos. Intestinos confinados mas não tanto quanto antes. Apetite não tão bom. Sensação de fraqueza não tão ruim. Muita flatulência ultimamente, especialmente à noite, quando ela tira suas roupas. Menstrua como sempre. Tem tido um bocado de dor na sexta costela, sob o seio. Teve um resfriado forte. Está sentindo muito o frio, este ano. Continua dormindo bem e os sonhos estão menos problemáticos. Cantos da bôca rachados. Pensando que provavelmente havia um elemento de influenza nos resfriados, eu prescrevi Tub. K. 100, uma vez por semana; e também Cepa. 12, para tomar se um novo resfriado aparecesse. Depois disso eu não vi a paciente por mais de quatro meses. Dia 12 de Março de 1902 – ela informou que ela tem estado mais livre da dor; mas ela teve um severo resfriado e tosse de novo. Seio mais natural. Canto esquerdo da boca muito dolorido; o direito também, porém menos. O primeiro e o segundo pós tornaram-se ácidos no estômago, e ela teve acidez a noite inteira depois deles. Intestinos regulares, ainda que um pouco confinados ainda. Quer comida às 11 da manhã. Menstruação excessiva, pior quando deitada. Sonhando muito de novo. Dor de cabeça não tão ruim assim, não consegue levantar a cabeça do travesseiro de manhã. Ainda muito nervosa; sacode e treme.